A Igreja São Jorge como Símbolo de Identidade

Editoriais

Eduardo Grigaitis, Renata Geraissati, Diógenes Sousa
Convidados comparecem à inauguração da primeira Igreja São Jorge.
Convidados comparecem à inauguração da primeira Igreja São Jorge.

A comunidade armênia de São Paulo, já no início do Séc. XX ansiava por um templo em que pudesse professar a sua fé na capital. Rizkallah Jorge, fundador da Casa da Boia, no início dos anos 30 decidiu doar à comunidade a tão sonhada igreja, que foi construída na esquina da rua 25 de Março com a Av. Senador Queiros.

Mas, esta edificação durou pouco tempo. Em razão do alargamento da avenida, foi demolida cinco anos depois de sua construção.

Corriam os anos da ditadura Vargas, um momento particularmente restritivo aos imigrantes de várias nacionalidades, que enfrentavam atos de xenofobia oficiais, como a proibição do ensino em língua estrangeira.

O novo templo da comunidade armênia, igualmente financiado por Rizkallah Jorge, foi erguido nos anos 40 na avenida Santos Dumont e representou a consolidação não apenas de um local definitivo para a prática religiosa, mas um centro de identidade cultural que se perpetua até os dias atuais.

O editorial “A Igreja São Jorge como Símbolo de Identidade: imigração e a era Vargas”, escrito pelos historiadores Renata Geraissati e Diógenes Sousa se propõe a uma reflexão sobre como o governo Vargas enxergou a questão da imigração e como uma edificação se torna um local tão importante para a idendidade étnica dos armênios em São Paulo.

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