Vivemos esperando dias melhores. Dias de paz, dias a mais. Dias que não deixaremos para trás. Vivemos esperando o dia em que seremos melhores. Melhores no amor. Melhores na dor. Melhores em tudo. Vivemos esperando dias melhores pra sempre.

A mensagem da música “Dias Melhores”, de autoria de Rogério Flausino, eternizada pela banda Jota Quest, é fundamentalmente simples, mas diz muito sobre o momento de reflexão que todos temos neste período de Natal e de encerramento do ciclo de um ano. Afinal, é da essência humana o desejo de dias melhores.
Há quem mantenha esta atitude de promover dias melhores em todos os dias do ano, mas, confessemos, muitos de nós, envolvidos com nossas próprias atribulações (trabalho, estudo, filhos, pais, carreira, saúde, negócios…) acabamos de nos dar conta de que pouco fazemos para tornar os nosso dias e o de nossos semelhantes efetivamente melhores.
Sem julgamentos, assim como muitos, nem sempre nos lembramos de agradecer àqueles que estiveram conosco durante todo um ano, dedicando seu tempo, seu talento, colocando suas habilidades e responsabilidade para garantir a satisfação dos clientes da Casa da Boia, afinal, a razão fundamental da existência de nossa empresa.
Temos um time de colaboradores dedicados, comprometidos, que se esforçam diariamente para que a Casa da Boia continue a ser uma referência de honestidade, de oferecer bons produtos, boas soluções, de fazer com que cada cliente se sinta acolhido em suas necessidades.
Durante cerca de oito horas por dia, de segunda a sexta, esses homens e mulheres que compõem o nosso quadro de colaboradores deixam suas preocupações pessoais de lado e se unem em um único objetivo: serem capazes de atender as expectativas de nossos clientes.
Há praticamente 128 anos é assim. Conseguimos sempre? Claro que não. Mas, sempre nos esforçamos.
A esse grupo dedicado e comprometido expressamos o nosso agradecimento, nosso reconhecimento pelo esforço que dedicam à Casa da Boia e assim como na letra da música, a todos desejamos dias melhores e, especialmente nessa época especial do Natal, dias de paz.
O paradoxo da celebração intimista e do marketing consumista
As comemorações ligadas ao Natal se originam há muitos séculos, quando os povos europeus celebravam o solstício de inverno em torno de uma mesa de comidas e bebidas, lembrando a fartura da colheita.
Vale lembrar que o solstício é quando um dos hemisférios da terra tem o dia com a maior incidência solar, o que torna este dia o mais longo do ano. Logo, no outro hemisfério, este é o dia mais curto.
Assim os povos do norte se reuniam para passar esta que é a noite mais longa do ano em torno de uma comemoração com muitos alimentos, uma festa pagã de grandes proporções.
A igreja católica, no Séc, IV, d.c., durante o papado de Julio 1º, vendo a adesão popular aos festivais do solstício de inverno, passou a difundir a data de nascimento de Jesus Cristo como sendo 25 de dezembro. Uma forma de esvaziar o sentido pagão das comemorações.
A estratégia deu certo e com o crescimento do cristianismo a ideia de que Jesus tenha nascido neste dia foi sendo aceita e o Natal passou a ter uma conotação religiosa, embora não dispensando a tradicional ceia.
Muitos e muitos séculos depois a tradição de comemorar o Natal desembarcou na América por meio dos colonizadores espanhóis e portugueses.
Durante séculos as comemorações natalinas tiveram um sentido intimista muito mais ligado ao sentimento coletivo do partilhar. Na sociedade rural da Europa e mesmo das Américas, cada qual contribuia para a comemoração com aquilo que tinha, principalmente alimentos que plantavam ou os animais que criavam.
Daí a razão da ceia desta noite especial ser excepcionalmente farta em uma sociedade essencialmente pobre.

Vem da tradição cristã, também, a raiz do hábito da troca de presentes. Ela remonta à história bíblica dos Três Reis Magos – Gaspar, Melchior e Baltazar – que presentearam o recém-nascido Jesus Cristo com ouro, incenso e mirra. Este ato dos Magos é tido como o primeiro gesto de presentear associado ao nascimento de Jesus, simbolizando adoração, respeito e generosidade, algo que se enraizou na cultura cristã, religião que predominou no ocidente durante muitos séculos e hoje, a troca de presentes transcende a religião.
Para muitos se tornou uma maneira universal de expressar carinho, reforçar vínculos familiares e de amizade, e partilhar a alegria da época festiva e é claro que o capitalismo, doutrina econômica predominante a partir do início do século XX, deu um jeitinho de se aproveitar dessa tradição, incentivando ainda mais o consumo na data.
A imagem do símbolo do Natal vem de uma campanha de marketing
Essa é uma história controversa. É possível que você já tenha ouvido que foi a Coca-Cola quem criou a imagem do Papai Noel, mas, a história, não é exatamente esta.
Resumidamente, a figura do velhinho ligada ao Natal é muito anterior à da campanha de marketing da Coca-Cola.
A figura do bom velhinho como conhecemos surgiu graças ao sincretismo de várias culturas e religiões. Uma delas, a mais difundida, diz que Santa Claus — nome em inglês do Papai Noel —, se baseia na história de São Nicolau, arcebispo do século 4 que deixava moedas de ouro na porta da casa das famílias mais humildes.
Outras fontes citam que a figura pode ser uma adaptação da lenda do “Velho Inverno”, que é anterior a São Nicolau. Segundo esta história, um senhor mais velho andava de casa em casa pedindo comida no inverno. Quem o ajudasse de boa vontade e bom coração garantiria um inverno mais ameno e próspero.

Em 1823, o professor americano Clement Clarke Moore publicou anonimamente o poema The Night Before Christmas (A noite anterior ao Natal). No texto, ele descreve um velhinho bochechudo que viaja de trenó e entra na casa das pessoas por uma chaminé.
Uma representação mais visual de Noel só ganhou vida em 1863, quando o cartunista americano Thomas Nast criou uma imagem semelhante à que conhecemos hoje. Seu trabalho, inclusive, estampou a capa da revista Harper’s Weekly.
Com o passar dos anos, diversos artistas foram criando suas próprias adaptações de Papai Noel, cada qual com seu toque pessoal. Porém, nenhuma delas ficou tão famosa quanto a que estampou as publicidades da Coca-Cola.
A partir da década de 1930 a companhia de refrigerantes passou a usar uma estratégia comercial de anunciar sua mais famosa bebida como “acompanhamento ideal” para a ceia de Natal em várias revistas impressas dos Estados Unidos.
Para esta estratégia precisava de um personagem simpático, cativante e, principalmente, de uma identidade visual forte.
O ilustrador Haddon Sundblom foi encarregado de criá-lo. Inspirado no poema de Clark Moore, o ilustrador criou a figura de um velhinho bonachão, risonho, vestido com um casaco e gorro vermelhos, que lia as cartas das crianças e distribuía presentes, sempre acompanhado de uma garrafa ou um copo de Coca-Cola.

De tão disseminadas por décadas, essas propagandas acabaram por criar no imaginário coletivo do início do Século XX a figura do Papai Noel como o conhecemos hoje.
Se Natal é sinônimo de consumismo pode ser também de solidariedade
Vivemos na sociedade capitalista e é impossível passar distante das incontáveis publicidades ligadas à venda de produtos para o Natal. Tudo vira “consumível”. De peru a celular, de chocolate a geladeira, de frutas a brinquedos. Vale tudo para vender e isso não é necessariamente ruim. A sociedade vive do giro econômico.
Porém, acreditamos que não devemos nos esquecer de que podemos ser solidários. Devemos ser.

Inúmeras iniciativas de incontáveis ONGs, empresas, pessoas físicas e instituições se dedicam a trazer conforto, comida, companhia, alegria e solidariedade àqueles que não conseguem participar da espiral do consumo no Natal.
Seja pessoalmente, seja doando tempo ou recursos, contribuindo de alguma forma podemos fazer a diferença. E não temos a pretensão de conseguir abranger ou relacionar todas as iniciativas destas entidades, apenas queremos lembrar que é possível.
Como forma de contribuir trazemos uma relação de ações sérias e entidades que com nossa ajuda trabalham por dias melhores, pra sempre!
A todos os nossos votos de um feliz Natal.
Inspire-se!
Natal Sem Fome
https://www.natalsemfome.org.br
Idealizado pelo sociólogo Herbert de Sousa, o Betinho, no início dos anos 1990, o Natal Sem Fome busca angariar alimentos para que milhares de famílias em vulnerabilidade social possam ter alguma comida no período de Natal.
Natal Invisível
Promovido pela ONG SP Invisível, o Natal Invisível promove ceias coletivas de Natal pelas ruas da cidade, convidando a “população invisível” os moradores de rua da capital, a compartilhar momentos de acolhimento com refeições quentes.
Natal Franciscano
https://www.sefras.org.br/blog/natal-franciscano-uma-ceia-de-solidariedade
Sefras – Ação Social Franciscana, assiste em 18 casas de acolhimento, população em situação de vulnerabilidade.
A campanha Natal Franciscano promove ceias comunitárias, encontros de convivência e ações solidárias.
Você pode participar com doações financeiras, alimentos, roupas, itens de higiene ou com o seu tempo como voluntário.
Cartinha de Natal Shoppe
https://shopee.com.br/m/cartinhas-de-natal
No site do marketplace Shopee é possível adotar uma cartinha de Natal enviada por crianças carentes que pedem um presente.
Natal da Cufa
https://www.vakinha.com.br/vaquinha/natal-da-cufa
A Cufa (Central Única das Favelas) orgniza uma ação emergencial para arrecadar doações após um incêndio acidental atingir o centro de distribuição em Heliópolis, em São Paulo, e queimar cestas básicas, roupas, sapatos, produtos de higiene e limpeza, brinquedos e outros itens que seriam doados a comunidades. A campanha “Natal da Cufa” vai ajudar 5.000 favelas do Brasil.
Natal que Transforma
https://gastromotiva.colabore.org/natalquetransforma/single_step
A organização social Gastromotiva há 18 anos proporciona a inclusão social e produtiva através de capacitações profissionais na área de Gastronomia e Empreendedorismo, além do oferecimento de refeições saudáveis e nutricionalmente balanceadas para população em vulnerabilidade social.
O Objetivo da campanha “Natal que Transforma” é arrecadar fundos para distribuir 20.000 refeições no período de Natal.
Ceia Solidária
https://ligasolidaria.abraceumacausa.com.br
A Liga Solidária, que vai completar 100 anos de fundação em março do próximo ano, está realizando a campanha “Ceia Solidária” cujo objetivo é entregar cestas de Natal para 4.300 famílias atendidas pela organização. Cada ceia solidária tem o valor de R$ 160, mas é possível doar qualquer quantia.
Campanha de Natal LBV
https://lbv.org/campanha-de-natal/
A campanha de Natal da Legião da Boa Vontade tem o objetivo de arrecadar fundos para doar 40.000 Cestas de Natal para serem doadas a famílias em situação de vulnerabilidade alimentar em todo o Brasil.



